terça-feira, 27 de março de 2012

Clipping PAIciência

Você é o tipo de pai ou mãe que só falta colocar a criança dentro do estetilizador junto com os bicos de mamadeira? Saiba que você pode prejudicar o sistema imunológico do seu filho.
Pesquisadores de Harvard, nos EUA, constataram que a não exposição a micróbios nos primeiros meses de vida acarreta um desequilíbrio no sistema imunológico.

Veja a matéria publicada no Jornal Nacional clicando aqui.

quarta-feira, 21 de março de 2012

De volta ao olho do furacão (1) - 7° mês

Minhas suspeitas do último post se confirmaram, estávamos caminhando para o fim de uma era, dando adeus ao bebê relógio.

-Ju, ele tá chorando.
-Que horas são?
-01h30 da manhã. Deve ser fome. Vou lá.
-Ju, ele tá chorando.
-Meu deus! Mas são 03h30!? Será que é o dente? Agora eu vou lá.
-Ju, ele tá chorando.
-Paulo, eu tenho ouvidos, você sabia? Que horas são?
-05h30. Agora eu acho que é fome, vai lá.
-Ju, ele tá chorando. Tô meio tonto, acho que não dormi nada.
-Que horas são?
-07h. Será que é o dente e fome ao mesmo tempo?
 
Nós nos perguntávamos (silenciosamente e rolando de um canto ao outro da cama) onde estava aquele bebê que dormia a noite toda. Nossas cabeças foram tomadas pelo cansaço, estávamos exaustos e vivendo um "flashback" nada agradável dos primeiros meses de vida do Antônio Bento.

Nunca saberemos ao certo o que motivou esta insônia, mas temos algumas suposições para esta mudança repentina de comportamento noturno:

Com a volta da Ju ao trabalho, o Antônio Bento pode ter sentido muito a falta da mãe, tentando compensar sua ausência pedindo para ficar ao lado dela de madrugada. Há quem diga que isso realmente acontece.

Outra suposição seria o fato de termos acostumado o Antônio Bento a dormir sendo ninado e só depois ser colocado no berço dele. Num simples despertar noturno, ele se sentiria sozinho e não conseguiria voltar a dormir sem que alguém o ninasse novamente. Será?

A fome também pode ser um dos motivos. Crescendo, sua demanda por comida pode ter aumentado. Ele também pode ter tido o sono perturbado pelo crescimento do dente. Suas gengivas estão inchadas e a coceira ainda o incomoda muito. Humm, não sei.

Porém, no desespero de ter o compromisso de acordar bem no dia seguinte para poder trabalhar, chegamos a cometer um erro considerado grave para alguns médicos especializados em comportamento infantil, LEVAMOS ELE PARA A NOSSA CAMA!
 
Fomos tomados pelo desespero. Nossa única missão era cessar a choradeira noturna  e aproveitar alguns minutos de silêncio para tirar um chochilo, até que:

-Paulo, eu to surtando.
-Ju, eu também não tô legal não - hoje quase caí na rua e errei a estação do metrô.
-Vamos adotar a técnica do "nana neném".
-Sim, claro. O que é isso?

Continua...





sexta-feira, 2 de março de 2012

6° mês - surpresas e mais surpresas

Posso afirmar que o sexto mês de vida do Antônio Bento foi o mais surpreendente, no qual tudo aconteceu com uma rapidez assustadora. Cada dia que passa, é uma surpresa diferente, um passo adiante nessa louca viagem do crescimento do bebê.

Muito mais esperto que no mês passado, ele parece um rapaz, elegendo seus brinquedos e músicas favoritas e ficando sentado por mais tempo sem cair. Muito comunicativo, ele ainda continua com suas gargalhadas contagiantes e seu jeitinho conquistador de ser.

Nosso filho já não é mais aquele bebê calminho e "portátil". Já reage com rebeldia quando não quer alguma coisa e demonstra suas insatisfações com clareza. A personalidade dele está se definindo.

As primeiras manhas começaram a aparecer, nos obrigando a agir de forma enérgica e com voz de autoridade em várias situações, como por exemplo uma simples troca de fralda - quando ele não colabora, dando um show à parte para vestir a blusa ou body.

Foi no sexto mês que o Antônio Bento pegou uma forte virose, nos mostrando o quão frágil ele ainda é e nos deixando totalmente sem chão (pais de primeira viagem tem dessas coisas):

-Paulo, ele tá muito quieto, reparou?
-Reparei. Mas ele tá quente?
-Paulo, acho que ele tá quente!
-Ju, ele tá fervendo!

O maior desespero foi quando, ainda em casa, o Antônio Bento vomitou a medicação, nos obrigando a ir ao posto de emergência pediátrica por volta das 2h30 da manhã. Não foi nada agradável ver nosso filho de poucos centrímetros gemendo de dor e ardendo em febre. Por vários momentos, segurei o choro na garganta, mantendo a calma e torcendo para que a febre cedesse.

Foram dias em claro até que ele se recuperasse. Logo, a virose se mostrou ser uma forte gripe, entupindo as vias aéreas do Antônio Bento. Segundo round. Iniciamos um rodízio de nebulização (dia, noite e madrugada) e sugação de secreção nasal. Nosso cotidiano virou de cabeça pra baixo.

Nossa casa virou uma enfermaria. Era possível tropeçar no nebulizador e ter crise de riso devido ao cansaço causado pela falta de sono. Marcamos a pediatra de encaixe. Tiramos todas as nossas dúvidas e desabafamos nossas angústia e medos.

Tivemos experiências gastronômicas no sexto mês também, com inúmeras receitas feitas no recém comprado conjunto de panelas de ferro recomendado pela pediatra (pais de primeira viagem tem dessas coisas 2). Ele provou sua primeira papinha salgada.

Verão daqueles no Rio de Janeiro, experimentou também a piscina na varanda, a praia e se matriculou na aula de vivências aquáticas. Sem contar o carnaval, saindo pelos blocos infantis vestido de pirata, cheio de alegria.

Aquele "bebê reloginho" não está tão regrado assim. Vira e mexe nos acorda às 4h da manhã para saborear uma deliciosa mamadeira. Fica sozinho brincando? Só quando ele estiver de muito bom humor, caso contrário, é uma choradeira sem fim. Será o fim de uma era?

Haja literatura e métodos para que ele aprenda a dormir sozinho, brincar sozinho, não acordar à noite para mamar... ufa. Ih, a mamãe voltou ao trabalho! Mas isso é tema para um outro post. O sexto mês foi ou não foi cheio de surpresas?

Álbum deste mês: