quarta-feira, 18 de julho de 2012

Décimo mês: vida social intensa

Lendo o título você pensou em nights, baladas, cineminhas e bares? Pois é, isso não nos pertence mais. Pelo menos não com a frequência de antes. Triste? Talvez. Se eu me arrependo? Às vezes desejo lá no fundo da alma a minha vida de volta (que jogue a primeira pedra quem nunca pensou). Tais pensamentos são logo dissipados quando você enxerga o seu filho novamente. Se isso não acontecer, procure ajuda.

Dez meses após o nascimento do Antônio Bento, posso afirmar que a nossa vida sofreu uma mudança drástica. Isso inclui a diminuição da quantidade de saídas e a escolha dos locais visitados. No décimo mês, a agenda social foi intensa sim, mas cheia de programas infantis e familiares (nem por isso menos divertida).

Somos um casal muito ocupado. Dois jornalistas com responsabilidades e horários imprevisíveis. Trabalhamos horas e horas durante a semana, tendo pouco tempo para aproveitarmos a agitação característica desta idade. Quando chego do trabalho, só consigo cumprir a rotina dele: dar jantar, sobremesa, escovar os dentes, dar água, banho, leite e colocar no berço. Quase não sobra tempo para mais nada...

No post anterior, falei sobre como o Antônio Bento está agitado e cheio de energia. No décimo mês, aproveitamos bastante essa agitação fora de casa. Com um bebê mais esperto, durante os finais de semana, fizemos muitos programas ao ar livre e assistimos à algumas peças teatrais para a idade dele. Parece difícil, né? No mínimo monótono. Mas ser pai compensa tanta mudança (por mais que essa frase possa parecer clichê).

Tenho como meta não me arrepender por não ter dado atenção suficiente para o meu filho durante sua infância (que de fato passa rápido). Ser pai na sociedade capitalista é carregar lá no fundo uma culpa por não ter muito tempo para gastar com o seu próprio filho. Ninguém está livre disso. Por várias vezes, minha mulher e eu pensamos em contratar uma babá para que pudéssemos fazer o que quiséssemos durante os finais de semana.

Confesso que esse pensamento é recorrente. Mas e ele? Não sou pai de pegar meu filho cheiroso no colo, dar um beijinho e devolvê-lo para a babá. Depois que tivemos o Antônio Bento, ele passou a preencher boa parte do nosso tempo. Inclusive os finais de semana.

Quando temos tempo livre sábado e domingo, gastamos o máximo possível juntos. Para matermos nossa individualidade como casal  (porque precisamos), contamos eventualmente com a ajuda de alguns bons amigos e familiares por algumas horas. Deus conserve esses amigos e familiares.

-Ju, que horas são?
-Duas da manhã.
-Por que ele tá chorando, Juliana?
-Não sei Paulo. Pergunta pra ele.

Fronha babada, dedo na boca, olhos fechados, agonia... Pronto, os dentes de novo! No décimo mês, o Antônio Bento sofreu com o doloroso crescimento dos seus primeiros dentes superiores. Foram inúmeras suas manifestações de dor durante a madrugada.

Foi também no décimo mês que o Antônio começou a tentar ficar em pé sem apoios, comeu seu primeiro danoninho e curtiu uma piscininha na praia. Foi neste mês que começamos a executar os preparativos para a festa de um ano. Pude sentir de fato que a a minha presença na vida do meu filho faz toda a diferença para ele.

Como eu percebi isso? Vendo na cara dele a felicidade de estamos juntos. Continuo com a minha meta. Essa fase passa rápido. Que seja intenso enquanto dure.

Álbum deste mês:

Teatro, a gente vê por aqui.

Almoçando em Friburgo!


Meus dentes superiores nascendo


Bagunça na piscina - Leblon


Com meu amigo Miguel, em Ipanema.


Na peça "Cirquinho de Luiza"


No Leblon com meus tios paulistas


Na orla!


Mamando sozinho feito um rapaz.