segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Palavra do Especialista - Estímulo de Movimentos

Rafaela e o Antônio Bento durante a aula de movimentos

Uma dúvida muito comum entre pais e mães de primeira viagem é como e quando estimularem seus bebês a se movimentarem. É normal nos perguntarmos se estamos fazendo pouco, certo ou exagerando para que nossos filhos desenvolvam bem suas habilidades motoras.

Com quatro meses de idade, o Antônio Bento começou a frequentar a chamada "Aula de Movimentos", em um espaço para gestantes e bebês do nosso bairro (também disponíveis em creches). Na primeira aula, percebemos que ele adorou todos os estímulos realizados. Em pouco tempo, houve um significativo avanço nas suas capacidades motoras e decidimos continuar com a aula.

Sempre participamos das aulas com ele, interagindo com o Antônio Bento diretamente. Muito atenciosa, a professora nos ensinou todos os exercícios para repetirmos com ele em casa.  Hoje, ele está com 6 meses e ainda faz as aulas, só que numa turminha mais avançada.

Rafaela Hermeto, que ministra as aulas de movimentos, topou participar da "Palavra do Especialista", respondendo às perguntas abaixo:

1) Em que consiste a aula de movimentos? Quais seus benefícios?

Começamos com a massagem, buscando organizar a coordenação motora do bebê e à medida em que vão crescendo e ampliando suas possibilidades de movimento, acompanho-os sempre atenta à coordenação e propondo desafios (escadas, rampas e rolos de espuma para subirem ou passarem por cima). Fazemos uma "Conversa de Corpo" entre o bebê e o adulto que interage com ele. Nas aulas, os bebês também experimentam texturas, cores e sons.

Os benefícios:

    * promove o contato afetivo
    * favorece a confiança, a comunicação
    * desnvolve a consciência corporal
    * favorece o desnvolvimento psicomotor
    * previne desvios posturais
    * melhora a digestão e a eliminação

2) Para qual faixa de idade ela é indicada?

A partir dos 3/4 meses

3) Quanto tempo dura a aula?

40/50 minutos

4) Quais e que tipo de movimentos são realizados?

A massagem, rolamentos, arrastar, engatinhar, levantar, abaixar, preparação para caminhar, sempre respeitando tempo de cada bebê e buscando o equilíbrio da coordenação motora.

5) Há alguma contra indicação?

Quando o bebê está de barriga cheia ou doente. O ideal é que seja em um horário entre refeições e que esteja bem acordado.

6) Por que fazer aula de movimentos?

Gosto muito da frase "...os primeiros gestos do bebê orientarão seu comportamento futuro" (M.M Béziers e Yva Hunsinger - O Bebê e a Coordenação Motora).

7) Além da aula de movimentos, você indicaria alguma outro tipo de atividade para os bebês? Quais?

Musicalização para bebês, vivência aquática e para a socialização o grupo Cirandinhas.

8) É possível estimular os movimentos do bebê em casa? Como e a partir de qual idade?

Sim. Acredito que desde o início, com a massagem, a maneira de carregar, a posição de amamentar, o banho...

9) Quando os pais forem procurar uma atividade para os bebês, qual deve ser a principal preocupação na hora de matricular seus filhos?

Conhecer a proposta da atividade, observar a adequação do local (limpeza/espaço/luz/ material a ser utilizado). Mas acho que o principal é não sobrecarregar o bebê com atividades. O vínculo pais-bebê é fundamental para um bom desenvolvimento. Um bebê cheio de atividades, por melhores que sejam, vai ficar estressado e será prejudicial.


Conheça Rafaela Hermeto:

Formada em Psicologia (PUC-RJ /2000) e em Dança e Recuperação Motora na Escola Angel Viana (1995). Mãe de dois filhos. Trabalha em creche com bebês e crianças há 13 anos. Participou do grupo de estudos de Coordenação Motora, com André Trindade (Psicólogo e Psicomotricista - Nucleo do Movimento/SP) e da Oficina de massagem para Bebês com Emilia Cajaty (fisioterapeuta) também baseada nos princípios da Coordenação Motora. O método da Coordenação Motora foi criado por Suzanne Piret e Marie-Madeleine Béziers, psicomotricistas francesas que desenvolveram um profundo estudo sobre os gestos que favorecem a boa construção do corpo e do movimento humanos.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Antena PAIciência - Cadeira Bumbo




Sentar é um marco na vida de qualquer bebê, não é mesmo? O fabricante da cadeirinha "Bumbo" garante que ela pode auxiliar e estimular os pequeninos a sentarem. Nós fizemos o teste!

Segundo o manual, a cadeira Bumbo pode ser usada assim que o bebê consegue manter a cabeça erguida (o que acontece lá pelo terceiro/quarto mês), garantindo conforto e o posicionamento correto da coluninha deles enquanto sentados nela.

Com o seu formato ergonômico, que se adapta ao corpo do bebê deixando-os sentadinhos de forma confortável, a cadeira funcionou muito bem com o Antônio Bento. Podemos perceber que com ela, nosso filho vem evoluindo na arte de sentar sozinho. Mas nem sempre a cadeira (que mais parece um penico) foi bem vinda aqui em casa.

Com três para quatro meses, o Antônio Bento não curtia muito ficar nela. Achava esquisito e chorava logo pedindo para tirarem ele dali. Mas com cinco meses, passou a curtir muito. Hoje, brinca nela e se diverte com o fato de estar literalmente sentado e sem o apoio de ninguém!

Nós temos também a bandejinha que é acoplada à Bumbo, onde colocamos os brinquedinhos e mordedores. Ele adora. Fica brincando e se curtindo sozinho feito um rapaz.

Daqui a pouco, quando for mais natural pro AB ficar sentado, vamos começar a usá-la como cadeira de alimentação. Feita de espuma impermeável ela é leve e fácil de limpar - servindo muito bem para as "tumultuadas" refeições.


A má notícia? No Brasil, ela custa uma pequena fortuna, coisa de R$ 250. Vale a pena tentar comprar uma usada pela internet ou pedir que alguém a traga. Nos EUA, ela custa apenas US$ 40 e a bandeja uns 10.


-Eu já sento sozinho na Bumbo!