quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Tutorial PAIciência - Troca de Fralda


Mais um vídeo escolhido por vocês: troca de fralda. Neste tutorial, faço um passo a passo de como eu realizo a troca de fralda do Antônio Bento. Vale lembrar, que não há regras para isso. Espero que este vídeo sirva de inspiração para todos os pais que ainda consideram a troca de fralda um momento difícil de lidar.

A troca de fralda é mais uma oportunidade na qual você poderá conversar com o seu filho, entrar em contato físico com ele e mostrá-lo um sentimento de cuidado e carinho. No início, pode ser uma experiência desengonçada ou, até mesmo, desagradável. 

*Nos primeiros dias de vída, o bebê faz um cocô preto ou verde bem escuro. Não se assustem, trata-se do mecônio, normal nesta época.

Não há uma regra (muita gente dirá de 30 em 30 minutos ou de uma em uma hora) para a troca de fraldas. Saiba que não é aconselhável deixar seu filho sujo por muito tempo devido às assaduras. Lembre-se sempre que o choro pode ser um sinal de fralda suja. Hoje em dia, as fraldas são modernas e mantém o bebê seco por horas e horas.

*Antigamente, as fraldas eram de pano. Logo em seguida de um inofensivo xixi, a urina esfriava e o bebê chorava de frio e desconforto. Hoje, isso não acontece. Você pode ficar tranquilo durante o sono do seu filho. Não é necessário acordá-lo para a troca de fralda.

Os cuidados com o umbigo nos primeiro dias, até que ele seque e caia, será de acordo com a orientação passada pelo pediatra, ainda na maternidade. Caso não toquem no assunto, pergunte você mesmo antes de deixar o hospital.



Até o próximo vídeo: como enrolar o bebê na manta.

Clipping PAIciência - Correio Braziliense

Correio Braziliense - Revista do Correio
De longe, a melhor matéria sobre os "novos pais" que já li. O artigo, escrito pelas jornalistas Flávia Duarte e Olívia Meireles, traz informações úteis que envolvem a paternidade, como os preparativos dos pais para a chegada do bebê, sintomas masculinos, dúvidas, etc.
A matéria trata dessa nova geração de pais participativos e explica esse fenômeno.
Vale a pena a leitura.
Clique aqui.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Serenidade é tudo quando o assunto é choro

Vocês vão cansar de ouvir frases motivacionais do tipo "os bebês choram para se comunicar" ou "não há outra maneira deles expressarem o desconforto". Realmente, não há. Aprendi, ao longo desses dois meses e meio, que o melhor é tentar relaxar e respirar durante as crises de choro, mesmo que a sua vontade seja sair correndo. Serenidade é tudo nesses momentos:

-Ju, ele não para de chorar.
-É assim, Paulo...
-Ju, ele tá ficando roxinho já! Meu deus, ele engasgou com o choro!
-Vou contar 3 segundos, se ele não voltar a respirar, vou ligar pro 193.

Ele sempre voltou depois de uma leve apneia. Aliás, o choro pós engasgo é três vezes mais alto. Aos poucos, fui tentando me acostumar com a choradeira diária que, para muitos pais, faz parte do que é ter um filho recém nascido em casa.

No início (cheguei a relatar por aqui), optei pelo protetor auricular para tentar diminuir os decibéis que, somado ao estresse, chegava a me deixar com sudorese. Pensei em deixar um bombom com um bilhete de desculpas na casa de cada vizinho, antes que os mesmos pensassem em chamar o conselho tutelar.

Tentei de tudo para acalmá-lo durante os choros ensurdecedores: quiquei na bola de ar, andei quilômetros pela casa, tirei a roupa dele, coloquei mais roupa nele, troquei a fralda, dei mamadeira, dei funchicórea, antigases, etc. Cheguei a anotar num papel os tipos de choro e o que (segundo estudiosos) eles queriam dizer. Veja o vídeo abaixo:


Algumas vezes, deu certo. Muitas vezes, não. A chupeta foi uma grande aliada para que ele tentasse se acalmar sozinho (já sugeri aqui). Os cursos que fizemos e o livro "A encantadora de bebês" também nos ajudou com técnicas quase infalíveis para que o Antônio Bento pegasse no sono sem grandes escândalos. 

Ps. Escrita por uma americana (nada latinizada), o livro também nos ajuda a deixar nosso filhos chorarem um pouco sozinhos. A já considerada Bíblia dos Pais dá dicas excelentes para não "condicionarmos" nossos filhos com truques que poderão virar pesadelos no futuro, como por exemplo crianças que só dormem comendo ou sendo balançadas.

Embrulhar o bebê e chiar no ouvido, funciona. Vejam este vídeo também.



Ultimamente, venho percebendo os motivos dos choros e tentando resolver antes que ele perca totalmente o controle. Quando ele está enjoado, num dia não muito bom, tento respeitar e o deixo chorando um pouco, porque sinto que ele precisa desabafar mesmo.

Especialistas que lemos não aconselham que os pais deixem o bebê chorando por muito tempo sozinho. Muita gente fala "isso é manha, deixa chorar" ou "quanto mais chorar, mais vai dormir", mas o fato é que bebês pequenos não sabem usar o choro como arma de manipulação dos pais, eles de fato estão comunicando que algo não está bem e deixá-los chorando sozinhos causa neles um sentimento de abandono. 

Hoje, boa parte do chororô é na hora de dormir e quando o rapazinho está com fome. Felizmente, a medida em que os bebês crescem, eles adotam outra formas de se expressarem, economizando lágrimas. Fico atento aos gritinhos, o "abu gugu", ou até mesmo um bico. Torço para que as sessões de choro inexplicáveis realmente acabem aos 3 meses, como muita gente experiente já profetizou.
 
Paciência é palavra-chave.

Não há nada na jornada de ser pai que o tempo não cure. Faça disso um mantra, um adesivo, se vire, mas não esqueça.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Translactando (2)

Depois da visita à Stephanie, naquela mesma noite, continuamos a praticar a translactação. Não foi uma tarefa fácil. Cansada, minha mulher estava com os nervos à flor da pele. Faminto, o Antônio Bento chorava, sacudia a cabeça, tirando a sonda do lugar, nos deixando nervosos...

-Paulo, eu não consigo!
-Por que, Ju?
-Eu nunca fiz um mapa do Brasil com folha vegetal sozinha! Nunca utilizei o compasso como uma pessoa normal. Eu sou sem jeito!

Após muito esperar, tentar por inúmeras vezes acertar a sonda dentro da boca dele, a mamada chegava a durar DUAS horas. Por passar um bom tempo tensionada durante as tentativas, a coluna da Juliana queimava de dor.

-Paulo, NÃO SE MEXE.
-Ju, quem tá com ele no colo é você.
-Eu sei, mas é melhor não arriscar! Ele abocanhou! Tá mamando pela sonda!

No dia seguinte, conseguimos um horário de encaixe com a nova pediatra especializada em amamentação e bem estar.

-Vamos examinar esse príncipe? Papais, por favor, fiquem à vontade, podem ficar aqui pertinho de mim, eu não me incomodo, e o Antônio Bento ficará mais tranquilo, né? Podem fazer carinho nele.

Como num filme, olhei para a cara da Juliana e lembramos simultâneamente, em silêncio, do pediatra psicopata que delimitava o lugar dos pais ao redor da maca de exame.

Como uma psicóloga, a nova médica nos explicou tudo em relação à translactação, da qual ela é defensora. Ficamos horas no consultório e saímos mais animados com tudo. Realmente, o Antônio ainda estava abaixo do peso. Mas, segundo a médica, ele recuperaria rápido.

Antes de irmos embora, mais uma observação brilhante:

-Juliana, você tem que dar o que você conseguir. Você precisa se respeitar. Translactar não é fácil. Vocês estão num momento de privação de sono e estresse. Não adianta estimular o peito se você ficar louca. Caso você sinta que está no seu limite, dê a mamadeira. Há crianças que não largam o peito por conta disso. Mas  esteja ciente de que este risco existe.

Translactamos por uma semana. Até uma cadeira nova de amamentação eu comprei para minimizar as dores da coluna dela. Fizemos uma força-tarefa para a esterilização. Por muitas vezes, "montei " em cima da minha mulher na tentativa de encaixar a sonda na boca do Antônio Bento. A cena era tragicômica.

Nosso limite havia chegado. Felizmente, o leite da Juliana também.

Com o estímulo da translactação, o medicamento, as cápsulas de alfafa e o chá da mamãe, a produção de leite aumentou, mas não o suficiente para surprir às necessidades alimentares do nosso filho. Por esse motivo, continuamos a dar o leite artificial, só que, a partir de agora, pela mamadeira.

Segundo alguns especialistas, 20ml de leite materno são suficientes para garantir anticorpos e outras substâncias essenciais para o bebê. Porém, isso não garante a quantidade calórica necessária para a sua sobrevivência.

Desistimos da translactação com a certeza que fizemos o nosso melhor. A boa notícia é que o Antônio Bento não largou o peito (inclusive, ele é viciado nele) e está engordando de acordo com o planejado pela médica.

Antes da mamadeira, minha mulher oferece o peito ao nosso filho, que mama feito um bezerro. Logo em seguida, quando percebe que os peitos esvaziaram por completo, ela dá a mamadeira.

O caos da amamentação acabou. Hoje, o momento é sublime e não mais de ansiedade e desconforto.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Clipping PAIciência


Não é fofo. É lamentável. Assim como o Porcão, muitos espaços ainda não aderiram ao banheiro familiar, no qual pais e mães podem acompanhar seus filhos sem constrangimentos.
Fraldário somente dentro do banheiro feminino é machismo.
Que ano é hoje, Porcão?