sexta-feira, 22 de julho de 2011

Serei pai e agora?


A gente aprende desde cedo como nascem as crianças. Mais tarde a gente começa o "treinamento" prazeroso (diga-se de passagem) para tal função. Mesmo assim, quando o espermatozóide encontra o óvulo e tudo realmente acontece (no meu caso, de forma planejada), a gente entra numa montanha russa em queda livre e se pergunta "COMO ISSO FOI ACONTECER?!".

Na manhã do dia 24 de dezembro de 2010, véspera de natal, foi assim. Minha mulher resolveu "testar" se estava grávida ou não. Após uma semana de atraso menstrual, resolveu tirar a prova dos nove. As mulheres podem ou não sentir algo diferente logo no início da gestação. Juliana, sem muito alarde, pensou que estava cansada ou indisposta durante aqueles últimos dias. Mas naquela manhã, ela parecia ter certeza.

-Paulo! Acorda Paulo! Paulo!
-Oi Ju.
-Tô grávida!
-Hã?! - Como?!
-Paulo, você não quer que eu desenhe, né?

Nos abraçamos mesmo sem entender se aquilo era motivo para comemorar e ainda em choque levantei da cama e comecei a ler a bula do teste barato de farmácia que ela havia comprado.

-Juliana, quanto custou isso?
-Uns R$ 6, não sei Paulo! Por quê?
-Por quê? Porque com SEIS REAIS até se EU mijar nesse treco vai dar positivo, Juliana!
-Vamos comprar um mais caro!

Foram três testes no total. Todos positivos. Reparem que no início deste post eu fiz questão de citar que era véspera de natal. Momento no qual todos os laboratórios estão fechados. Começou o desespero e a descrença de que aquele resultado era realmente confiável.

*Não se sinta culpado se quando for anunciada a gravidez da sua mulher você sentir um mix de desespero e medo. Comigo foi assim. Não se abriu um clarão no céu e nenhuma luz nos iluminou ao som daquela trilha do Telecine Touch. Foi buraco no chão, queda livre. Rio ou choro? É pra gritar ou ficar em silêncio?

Sem acreditar no resultado e acretidando que poderia ser um distúrbio hormonal, forjamos uma dor de cabeça crônica para ela e demos entrada em uma emergência de hospital. Chegando por lá, a ideia era não aceitar qualquer medicamento sem antes fazer um exame de sangue para atestar a possível gravidez. O médico no início se recusou a fazer o teste e disse que a medicaria de forma a não atingir o possível feto. Mas felizmente ele mudou de ideia ao ver nossos olhos inquietos.

Estávamos grávidos! E agora foi atestado pela medicina! Naquele 24 de dezembro de 2010, numa noite natalina estranha e repleta de perguntas e incertezas, anunciamos para a nossa família que estávamos grávidos.

Mas e agora?

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