Olá Paulo, tem um filho com quase dois meses e conheci seu blog por indicação da minha esposa (ela adora blogs). Na verdade, demorei a acessá-lo, porque tenho um pouco de resistência com sites e matérias que, de certa forma, estão "endeusando" o comportamento dos pais que passaram a interagir, compreender e participar dos cuidados com o próprio filho.
Lendo alguns posts do seu blog, acredito que você não faz parte desses, mas daqueles que, de maneira muito clara e direta, incentivam e demonstram o quanto é bom ser um pai participativo, ou melhor, um pai de verdade (Não que o meu pai não tenha sido um pai de verdade. Mas os tempos eram outros.)
É que me incomoda o excesso de agradecimentos e elogios para o pai que (diferentemente dos de antigamente, que se preocupavam apenas com o sustento da família) dá banho, troca fralda, troca e escolhe a roupa, dá comida, acalenta o choro, divide as angústias com a mãe, enfim, participa diretamente da criação do filho e dos cuidados que cercam essa incrível experiência.
Tudo bem que essa mudança de comportamento e de atitude é bastante louvável, mas fica parecendo que esse tipo de ser humano exerce algo extremamente extraordinário e diverso da própria natureza e do conceito de pai.
Pior do que isso, em certas situações em que se exalta essa figura do tal novo pai, parece que passamos a realizar ações que são e sempre serão naturalmente (e não culturalmente) da mãe. Ou seja, tem-se a ideia que passamos apenas a ajudar a mãe naquilo que é (e sempre será) obrigação dela desde que o mundo é mundo, quando, em verdade, (é no que acredito) passamos apenas a reconhecer e exercer uma tarefa que também é nossa: a de criar os filhos.
Pra mim, de fato, esse comportamento deve ser reconhecido, até pare que seja encorajado e permita que outros pais vejam o quanto é bom ser pai e ter um contato de verdade com o fílho. Mas que seja um reconhecimento consciente que não estamos fazendo algo fora do comum, mas apenas o que sempre deveríamos ter feito.
Nesse contexto, ao ver o vídeo “Os novos pais – a nova família”, dois detalhes me incomodaram bastante.
Primeiro, o de querer jogar a culpa da não ausência do pai para as mães que criticam as tentativas do marido ao cuidar dos filhos . Na boa, se não guenta, pede leite (já que não dá mais para pedir para sair). Quando faço alguma coisa que minha esposa critica, a gente senta e conversa. As vezes não tão traquilo, mas faz parte. O filho é dos dois e a responsabilidade deve ser compartilhada. Até porque, quando vejo algo que não acho correto, também critico e nem por isso eu ou ela deixou de cuidar menos do nosso filho.
Segundo, a parte final que, após vários depoimentos criticando o rótulo e o modelo “antigo” de paternidade, passa a defender um “novo” rótulo que também detesto: a do pai irresponsável e divertido, versus a figura da mãe chata e responsável. Isso, já devia ter ficado pra trás, juntamente com a do pai provedor.
Enfim, parabéns pelo site. To adorando as dicas e partilhas.
Queridos, obrigado pelos elogios. Willams, entendo seu ponto de vista perfeitamente e concordo com boa parte deles. Continuem lendo o PAIciência e divulguem! Bjs
Oi, Paulo! Acabei de chegar ao seu blog e gostei muito! Escreva sempre que puder!
ResponderExcluirBeijos e parabéns pela linda família!
Paulo, amei! O melhor video do ano, isso porque eu sou mãe! Parabéns pelo blog, muito bem escrito e construído! Beijos pra Tatiana e pro Bento!
ResponderExcluirOlá Paulo, tem um filho com quase dois meses e conheci seu blog por indicação da minha esposa (ela adora blogs). Na verdade, demorei a acessá-lo, porque tenho um pouco de resistência com sites e matérias que, de certa forma, estão "endeusando" o comportamento dos pais que passaram a interagir, compreender e participar dos cuidados com o próprio filho.
ResponderExcluirLendo alguns posts do seu blog, acredito que você não faz parte desses, mas daqueles que, de maneira muito clara e direta, incentivam e demonstram o quanto é bom ser um pai participativo, ou melhor, um pai de verdade (Não que o meu pai não tenha sido um pai de verdade. Mas os tempos eram outros.)
É que me incomoda o excesso de agradecimentos e elogios para o pai que (diferentemente dos de antigamente, que se preocupavam apenas com o sustento da família) dá banho, troca fralda, troca e escolhe a roupa, dá comida, acalenta o choro, divide as angústias com a mãe, enfim, participa diretamente da criação do filho e dos cuidados que cercam essa incrível experiência.
Tudo bem que essa mudança de comportamento e de atitude é bastante louvável, mas fica parecendo que esse tipo de ser humano exerce algo extremamente extraordinário e diverso da própria natureza e do conceito de pai.
Pior do que isso, em certas situações em que se exalta essa figura do tal novo pai, parece que passamos a realizar ações que são e sempre serão naturalmente (e não culturalmente) da mãe. Ou seja, tem-se a ideia que passamos apenas a ajudar a mãe naquilo que é (e sempre será) obrigação dela desde que o mundo é mundo, quando, em verdade, (é no que acredito) passamos apenas a reconhecer e exercer uma tarefa que também é nossa: a de criar os filhos.
Pra mim, de fato, esse comportamento deve ser reconhecido, até pare que seja encorajado e permita que outros pais vejam o quanto é bom ser pai e ter um contato de verdade com o fílho. Mas que seja um reconhecimento consciente que não estamos fazendo algo fora do comum, mas apenas o que sempre deveríamos ter feito.
Nesse contexto, ao ver o vídeo “Os novos pais – a nova família”, dois detalhes me incomodaram bastante.
Primeiro, o de querer jogar a culpa da não ausência do pai para as mães que criticam as tentativas do marido ao cuidar dos filhos . Na boa, se não guenta, pede leite (já que não dá mais para pedir para sair). Quando faço alguma coisa que minha esposa critica, a gente senta e conversa. As vezes não tão traquilo, mas faz parte. O filho é dos dois e a responsabilidade deve ser compartilhada. Até porque, quando vejo algo que não acho correto, também critico e nem por isso eu ou ela deixou de cuidar menos do nosso filho.
Segundo, a parte final que, após vários depoimentos criticando o rótulo e o modelo “antigo” de paternidade, passa a defender um “novo” rótulo que também detesto: a do pai irresponsável e divertido, versus a figura da mãe chata e responsável. Isso, já devia ter ficado pra trás, juntamente com a do pai provedor.
Enfim, parabéns pelo site. To adorando as dicas e partilhas.
Abraço e que Deus abençoe sua família,
Willams.
Queridos, obrigado pelos elogios. Willams, entendo seu ponto de vista perfeitamente e concordo com boa parte deles. Continuem lendo o PAIciência e divulguem! Bjs
ResponderExcluirWillams, qual o seu email? Tenho uma proposta a lhe fazer. Abs!
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