Antônio Bento em sua primeira foto
No dia 26/12, primeiro dia útil após o natal, conseguimos um encaixe com a obstetra responsável pelo pré-natal e parto do filhos de uma prima nossa. Estávamos ansiosos. Até então, só sabíamos que estávamos grávidos por meio do exame de sangue feito na emergência do hospital.
*Nessas horas, muitas pessoas sugerirão médicos e especialistas. Anote tudo, mas não se deixe levar pela pressão de que esse ou aquela tem que ser o médico responsável pelo nascimento do seu filho. Tenha calma. Essa é uma decisão que por fim cabe ao casal e, principalmente, ao feeling da gestante. Você vai perceber que a partir de agora todos se tornam "comentaristas" deste "jogo" que acabara de começar.
Lá estávamos nós, com cara de assustados. A médica, responsável por partos de celebridades e membros da high society, nos chama para a sala. Lá dentro, nos recebe com um forte e longo abraço. Pensamos juntos que todo aquele carinho era tudo que a gente precisava. "Vai ser ela!", sentimos.
*Nem sempre nos sentimos seguros na primeira consulta. Se for necessário, visitem outros especialistas até acharem o responsável pelo pré-natal e parto do seu filho. Repito, tenham calma. Serão nove longos meses...
Dentro do consultório, a gravidez foi atestada pela "boca da medicina obstetrícia". Até lá, eu confesso que tinha minhas dúvidas. "Vamos ver o bebê?", perguntou a médica. Ver o bebê? Eu não esperava por aquilo e perguntei como. Ainda não sabíamos, mas o consultório era dotado de uma máquina portátil de ultrassonografia. Era mais um indício de que tinha que ser ELA!
-Juliana, por favor, tire a roupa e vista o roupão. A enfermeira irá te ajudar.
Logo pensei "'enfermeira?".
-O papai pode vir também.
Lá estava eu, de frente para a tela que iria mostrar meu filho. Foi emoção demais para mim e antes que a doutora chegasse ao ponto exato com o instrumento intra-vaginal, comecei a chorar.
-Querido, guarde suas lágrimas, essa é a bexiga da Juliana.
Muito emocionado, logo pude ver a imagem de algo com uma cabeça e quatro membros, mas que ainda era do tamanho de um grão de arroz. Eu estava vendo o meu filho.
Conversa vai, conversa vem:
-Doutora, o plano cobre o parto?
-Não, mas não precisa se preocupar com isso agora.
-Ah, não? Por quê?
-Porque falta muito.
-Mas então me diga, quanto custa o seu parto?
-Quinze.
-Quinze o quê?
-Quinze mil reais.
NÃO ERA ELA.
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