Vou confessar uma fraqueza. Pode ser que alguns pais e mães se identifiquem com o que vou expor neste post. Ao mesmo tempo, muitos podem achar uma espécie de desequilíbrio emocional (o que, de certa forma, eu compreenderia).
A verdade é que o meu filho completou quatro meses de vida e eu ainda não me sinto 100% à vontade quando, por alguma necessidade, o deixamos com outras pessoas. Todo esse cuidado tem a ver com o fato dele ainda ser bem pequeno? Sim, claro. Mas, percebo que trata-se de um exagero meu, que merece atenção.
Um exemplo prático desse meu "descontrole" é como reajo quando alguém o pega no colo. Fico mostrando a melhor posição, peço para ter cuidado, passo um briefing completo de segurança e fico vigiando de longe, tentando disfarçar que tá tudo bem. Chego a esquecer que aquela pessoa pode ser mãe de OITO filhos, vó de DEZ netos e bisa de CINCO bisnetos. Quando retomo minha serenidade, não sei onde enfiar a cara de vergonha.
Sempre condenei e questionei esse tipo de comportamento. Cansei de julgar pais e mães por esse apego exagerado e desmedido, pensando no quão ridículo e constrangedor aquilo parecia. Depois que meu filho nasceu, venho recebendo (bem no meio ta testa) vários cuspes que joguei para cima. Eu mesmo já proferi frases do tipo "creche é tranquilo", "vamos deixá-lo sempre que pintar alguém disponível para ficar com ele" , "babás são profissionais que devemos confiar" e "meu filho nasceu pro mundo". Na prática não é bem assim, vocês sabem.
A minha sorte (e a do Antônio Bento) é que sou um cara autocrítico e minha mulher tem inteligência emocional suficiente para não embarcar nas minhas maluquices. Ela acaba me dando uns toques para seguirmos com a melhor educação para ele. Sim, ela é a cabeça da nossa família.
Um exemplo prático desse meu "descontrole" é como reajo quando alguém o pega no colo. Fico mostrando a melhor posição, peço para ter cuidado, passo um briefing completo de segurança e fico vigiando de longe, tentando disfarçar que tá tudo bem. Chego a esquecer que aquela pessoa pode ser mãe de OITO filhos, vó de DEZ netos e bisa de CINCO bisnetos. Quando retomo minha serenidade, não sei onde enfiar a cara de vergonha.
Sempre condenei e questionei esse tipo de comportamento. Cansei de julgar pais e mães por esse apego exagerado e desmedido, pensando no quão ridículo e constrangedor aquilo parecia. Depois que meu filho nasceu, venho recebendo (bem no meio ta testa) vários cuspes que joguei para cima. Eu mesmo já proferi frases do tipo "creche é tranquilo", "vamos deixá-lo sempre que pintar alguém disponível para ficar com ele" , "babás são profissionais que devemos confiar" e "meu filho nasceu pro mundo". Na prática não é bem assim, vocês sabem.
A minha sorte (e a do Antônio Bento) é que sou um cara autocrítico e minha mulher tem inteligência emocional suficiente para não embarcar nas minhas maluquices. Ela acaba me dando uns toques para seguirmos com a melhor educação para ele. Sim, ela é a cabeça da nossa família.
Hoje, quase que diariamente, me analiso para refletir se estou parecendo os "control freaks" que já vi por aí. Venho exercitando minha personalidade não-sufocadora (por mais difícil que seja) sempre que posso. Eu sei no que a superproteção (em todas as esferas) pode acarretar. Eu mesmo fui um filho super protegido (por pai e mãe) e posso dizer, por experiência própria, que não foi bom para mim.
Deesde o início, encaro meus receios. Quando o nosso filho tinha 23 dias, o deixamos com a minha sogra pela primeira vez. Precisávamos de um tempo para nós (superproteção também acaba com casamentos). Mesmo que fosse desconfortável deixá-lo, era preciso executar esse plano e tentar me desvencilhar do pai nocivo que mora em mim. Tudo foi arquitetado pela minha mulher para que ele não sentisse nossa falta. Lembro até hoje de como fiquei pilhado.
- Ju, será que ele vai ficar bem?
-Claro, Paulo. Por que não ficaria?
-Não sei, ele é muito dependente de você. E se acontecer alguma coisa?
-Paulo, minha mãe me criou e eu estou aqui, viva, conversando com você, não estou?
-Ok.
-Mas Ju, e se o celular não pegar no cinema?
-Paulo, não pira.
Com o tempo, essa preocupação vem melhorando, não posso negar. Ele está crescendo e eu amadurecendo como pai. Até hoje, não deixei de viver minha vida conjugal e social por conta de sentimentos obssessivos (somos até considerados "saidinhos" por muitos).
Encarar de frente tais preocupações tem sido minha estratégia. Este foi o segredo, aliado à cabeça certa da minha mulher e à uma rede de apoio na qual confio (sogro, sogra, pai, mãe, vó...) Aconselho a todos a fazerem o mesmo. Pode ser complicado, mas tenha certeza que será compensador para você e para o seu filho.
hahaha, posso imaginar esse diálogo de vcs. MUITO BOM!
ResponderExcluirbeijos, Sarita
Paulo,
ResponderExcluirComo pôde perceber pelo nome no comentário, não sou pai, rs, mas sou mãe - o bebê ainda não nasceu, mas já sou - e das babonas, muito babonas, e tenho um marido que é um pai babão³. rs
Tem sido muito divertido acompanhar o blog e as suas aventuras com Juliana e Antônio.
Em 6 semanas o Pedro chega e a ansiedade tomou conta da nossa casa, todos os assuntos giram em torno disso e segurar as lágrimas a cada ultrasson é impossível.
Muita saúde, felicidade e sucesso sempre, para os três!!
Luana
Há tempos que acompanho o seu blog e suas aventuras com seu pequeno Bento. Já vivi cada dúvida sua com meu pequeno de 7 anos, inclusive deixar de trabalhar por achar que somente eu poderia dar conta do recado, masssss assim que tive minha princesa liiinda há 5 meses e meio percebi que ter um segundo filho nos deixa mais capacitados para que possamos distinguir aquilo que é zelo com aquilo que, na maioria das vezes, é exagero da nossa parte. E quer saber? De longe estou vivendo com uma intensidade maior a dádiva de ser mãe sem as inúmeros encanações que tinha com o primeiro.
ResponderExcluirParabéns pela família e pelas preocupações, afinal, quem ama sempre se preocupa! Vamos dosar!!
Abraços à vc, sua Juliana e seu Bento!
como vc escreve bem!!! AMO O SEU BLOG!mesmo nao tendo filho!
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