quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sexo - antes e depois da gravidez




Meu filho já completou 9 meses. Hoje, posso comentar com mais propriedade sobre sexo, antes e depois da gravidez. A teoria de que sexo é igual a pizza todo mundo sabe (até quando é ruim, é bom). Mas e durante a gravidez e depois dela, costuma ser bom assim?

Há quem diga que sim. Inclusive, para as mulheres, reza a lenda que durante a gestação, a sensibilidade e o prazer aumentam. Por outro lado, há mulheres que criam uma aversão ao marido, causada pelos terríveis hormônios da gravidez. É uma roleta russa.

E para nós homens? Obviamente, não há como generalizar, mas posso afirmar que muita coisa muda. Não me sinto confortável em ser uma espécie de "mensageiro do terror", mas se você está "grávido", poderá entender boa parte do que relatarei. Caso você esteja pensando em ter um filho, sente-se.

Durante a gravidez muita coisa acontece. Digamos que sua mulher poderá ficar enjoada, cansada, sonolenta... Isso prejudica o sexo? Sim. Sua vida sexual mudará ou pelo menos se adaptará.

Vou falar da minha experiência. Durante os primeiros 5 meses, o sexo mudou muito pouco. Toda aquela vontade e explosão de prazer foi diminuindo (para ambos) a medida que a barriga ia crescendo. Há quem não se importe com a barriga. Inclusive, já vi casos em que gestantes são objetos de desejo erótico. Não é o meu caso.

Inexplicavelmente, sempre tive as gestantes como imaculadas, quase um receptáculo do sagrado. Nunca consegui desassociar que dentro delas existe uma criança.

Agora, havia alguém entre nós. No sexto mês, o sexo foi interrompido de forma natural. A boa notícia, é que triplicamos o carinho e a atenção. Estávamos em comum acordo de que o sexo ficou de lado. Mas só por enquanto, claro.

Nada substitui um bom diálogo. Seja sincero com a sua mulher e estimule que ela também seja com você. Para que o sexo aconteça e seja bom, é preciso que os dois estejam numa mesma sintonia. Conversar é muito importante nessas oras. Existem outras práticas sexuais que podem ser aprimoradas durante esta fase.

Pois bem. Bebê fora da barriga e lá vem o resguardo. Este período (que varia entre um mês e 40 dias) é importante para que tudo se ajeite no corpo feminino após todas as intervenções e mudanças ocasionadas pela gravidez. É o período de cicatrização para o caso das cesáreas.

Fora da barriga, o bebê dificulta o cotidiano como um todo. No meu caso, horários e rotinas foram alterados. Nossas cabeças só pensavam em como nos adaptaríamos a tudo aquilo. Portanto, mais uma vez o sexo não era prioridade naquele momento.

No segundo mês, as coisas foram se ajeitando. Nossa conexão e desejos voltaram. Estávamos retomando nossa vida sexual após todo esse tempo de seca e turbilhão de novidades. Tivemos que nos adaptar ao novo morador da casa. De forma natural, fomos verificando os melhores horários e momentos. Tenha em mente que por várias vezes vocês serão interrompidos por choros histéricos do quarto ao lado. É a vida meu caro.

A minha sugestão é que o romantismo prevaleça. É importante que o casal tenha um espaço para si. Desde sempre (a primeira vez com 20 dias de vida) deixamos o Antônio Bento sob os cuidados de alguém para ir ao cinema, por exemplo. Uma saída rápida já tá valendo. Um simples jantar a dois, ou uma saída com amigos para um chopp podem salvar um casamento. Vai por mim.

Sua casa muda, sua cabeça muda, suas prioridades mudam... É difícil manter o romantismo tropeçando no nebulizador ou sentando num brinquedo barulhento durante o ato. Complicado reservar uma energia dentro da rotina que nos obriga a ser um bom profissional, pai/mãe, ou seja, um super-homem/mulher. Mas nada é impossível.

Aos poucos nossa vida se ajeita. Infelizmente, as pesquisas demonstram que boa parte da população mundial não consegue esperar até que isso aconteça e terminam o casamento. Fuja da rotina massante. Tente sempre valorizar o casal, independentemente dos filhos. Os filhos crescem e se vão.

É muito perigoso quando se coloca o filho em primeiro lugar e a relação homem e mulher é deixada de lado. Mas isso é assunto para um próximo post.

Ps. A minha experiência e percepções pessoais não devem ser levadas e encaradas como uma verdade. Há sim uma possível e prazerosa vida sexual durante a gravidez. Converse com a sua mulher sobre isso. Saiba a opnião dela e diga a sua. Aqui vai um link das melhores posições sexuais para mulheres grávidas. Mostre para a sua mulher e divirta-se! Clique aqui.








terça-feira, 29 de maio de 2012

Clipping PAIciência: SUPER PAIS no Rio de Janeiro - Mais Você

Canso de ouvir e ler comentários do tipo "nossa, quem dera que todos os pais fossem como você!" ou "Você não existe, sua mulher tirou a sorte grande" (ok, que esta última eu concordo ahhaha). Pois bem, para quem também acha que PAIs estão e extinção e que o autor do PAIciência aqui é uma exceção, segura aê e reflita:



Clique aqui para ver o vídeo - sugestão da madrinha do blog @marianabelem (blogueira do Mãe de Primeira Viagem / VEJA - clique aqui) - e da leitora @marinaapmartins!

Envie suas sugestões via twitter @xeripe ou por email pfpny@hotmail.com

quinta-feira, 17 de maio de 2012

8° mês - Férias com o Papai

Sempre fui um cara de viajar bastante e aproveitar ao máximo as minhas férias, não importava o destino. Minhas duas últimas viagens antes da paternidade, por exemplo, foram pro Alasca e Amazônia. Desta vez, minha grande aventura foi outra: trinta dias com o Antônio Bento. Uma verdadeira "expedição" ao universo da paternidade.

Não temos babás. Quem fica com o Antônio Bento durante o nosso horário de trabalho é a minha sogra, vó materna dele. Porém, durante as minhas férias, ela aproveitou para colocar a vida em dia (mais do que merecido). Portanto, lá estava eu, cuidando do nosso filho fulltime, assistindo de perto um mês cheio de mudanças, evoluções e crescimento.

Nossa rotina foi bem massante, não vou negar. Cuidar de uma criança requer muita atenção, horários, comprometimento e abnegações. Seria melhor ter ido pra NY, Europa ou Africa? Sim.

Posso contar nos dedos (de uma mão) os programas que fiz exclusivamente para mim nessas férias. Mas preferi não pensar muito... Já que eu tinha me comprometido a ficar com ele, queria tirar o maior proveito disso. Um coisa é certa: em troca dessa louca aventura, ganhei uma relação mais madura com o Antônio Bento.

Sempre que acordávamos, nos despedíamos da mamãe, que ia pro trabalho, e partíamos pra nossa rotina. Nela, muitos passeios à pracinha, parquinhos, shoppings,  natação e praia. Não necessariamente nessa ordem. Na pracinha, cheguei de mansinho, para ser aceito pelo "clã de mães" que frequentam diariamente o local:

-Olá, meu nome é Paulo e este aqui é o Antônio Bento. Podemos brincar também? (Lá fui eu interagindo com as mães e as crianças com todo o cuidado, como se elas fossem de uma tribo canibal do alto Xingú)

-Claro! Magina. Nós mães da pracinha estamos sempre abertas a novos integrantes no grupo.

Pronto, rapidamente eu estava envolvido e convidado para a festa mensal dos frequentadores da pracinha.

Na natação (tema do próximo "Palavra do Especialista"), foi a mesma coisa. Antes do início da aula e depois dela, conversei muito com as mães e pais sobre marca de chupeta, fraldas, contando meus casos e dividindo teorias e dicas sobre a paternidade... Opa! Hora do almoço! Todos os meus dias de férias eram regrados e guiados pelos horários das refeições. As crianças comem muito...

Entre uma sessão e outra de choro, eu dava o meu melhor, sempre pensando que tinha escolhido ser pai e que a paciência é um dom do ser humano no e talz... Troquei muita fralda, dei muito suco, preparei muita papinha, aprendi receitas... Ufa.

Mas o mais importante disso tudo, foi perceber que o Antônio Bento a partir de agora me via como pai dele. Nossa relação tinha mudado. Estávamos mais amigos e próximos.

Durante o oitovo mês, presenciei o crescimento rápido, espantoso e doloroso dos primeiros dois dentinhos. Vi nosso filho apoiar nos móveis para ficar em pé e fazer suas primeiras amizades. Ah, foi neste mês que ele iniciou sua vida cultural, indo pela primeira vez ao teatro. Comportado, ficou vidrado no espetáculo da Galinha Pintadinha.

Entre uma diversão e outra, repreendi muitas crises de choro e manhas. Comecei a educá-lo de verdade, dizendo o que é certo e o que é errado. De fato, ser pai não é apenas dar um beijinho de boa noite e de bom dia. É preciso se esforçar para participar do dia-a-dia do meu filho e da sua formação. Percebi que isso é importante para mim e para ele.

Álbum deste mês e dicas de locais públicos para levarem seus filhos na cidade do Rio de Janeiro.


IpaBebê - Posto 8 - Praia de Ipanema - Parquinho na areia com trocador e muitas crianças para interagir.

Neste mês, foi o papai aqui que participou da natação!


Antônio Bento vai ao japa com os amigos do papai.


Pela primeira vez no teatro - ao fundo a amiguinha Julia!
Espetáculo da Galinha Pintadinha - Vale a pena assistir.


Em pé sozinho pela primeira vez!


Compenetrado durante a cirandinha musical gratuita do Parque Lage - no Rio de Janeiro


Pronto para a primeira festa de aniversário!

Primeiro passeio de Metrô.


Tirando onda em pé no berço.


Almoço casual com a tia Anninha durante as férias do papai.


 Baixo Bebê -  Leblon - Em frente a rua General Venâncio Flores - Vários brinquedos na areia e muitos bebês para interagir!


 Praia do Leblon - Em frente ao Baixo Bebê - ótimo lugar para encher a piscina de plástico e ficar com as crianças.


Com os amigos da pracinha - em Botafogo


 Parque Lage - no Jardim Botânico - Rio de Janeiro com a amiga Julinha e sua mãe Biancha!

Vídeo Entrevista com o AB.


Almoço com o papai de férias! Papai imitando a galinha pintadinha pro AB comer...