quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Homens de verdade trocam fraldas

Reflections of Motherhood (Reflexões da Maternidade) é genial, por isso resolvi compartilhar com vocês. Este vídeo pode ajudar tanto às mães de primeira viagem, quanto aos pais - que saberão um pouco mais sobre o que se passa na cabeça turbulenta delas.
Foi perguntado à uma série de mães "se você pudesse voltar atrás, à época em que teve o primeiro filho, qual  conselho você daria a si mesma?".
Entre as minhas preferias estão:
"Google doesnt have children" - (o google não tem filhos) - hahahaha.
"you are the expert"- (você é a expert)
Real men change diapers" -  (homens de verdade trocam fraldas) boa!
"Trust your instincts" - (confie nos seus instintos).

Assistam ao resultado, muitas vezes emocionante, sincero e bem-humorado:



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tutorial PAIciência - Banho de Chuveiro


Hoje inauguro a nova seção "Tutorial PAIciência" com o vídeo escolhido por vocês: banho de chuveiro.

Vale a pena lembrar que esse é o meu jeito de dar banho no Antônio Bento, baseado nas dicas de um curso que fiz.

A ideia é que este vídeo sirva de inspiração para outros pais.

Assim como eu, você encontrará a sua forma de dar banho no seu filho, seja ele no chuveiro, banheira, balde...

O banho de chuveiro é, particularmente, indicado para os pais, porque durante o banho com a mãe, o bebê costuma procurar o peito e não relaxa como deveria.

Antes do banho, aqui vão algumas dicas essenciais: 

-Nos recém-nascidos, opte por dar o banho à noite, entre a penúltima e última mamada. Seu filho dormirá relaxado e tranquilo durante horas (o Antônio Bento toma banho às 23h, mama em seguida, e chega a dormir até às 6h).

-Separe tudo antes - roupa, fralda, meias, pomada, toalha, sabonete, etc.

-Em dias frios, feche bem as entradas de ar como porta, vasculhantes, etc.

-Conte com a ajuda de alguém - não vá se aventurar a dar banho de chuveiro sozinho - talvez você precise de ajuda com o sabonete líquido e alguém para segurá-lo durante a saída do banho.

- Em dias frios, seque o bebê ainda dentro do banheiro.

-Compre uma toalha grande e macia, que tome conta de todo o bebê e que, principalmente, seque-o com eficiência. A toalha fralda apesar de tradicional e indicada por muitos, não é a melhor opção. Elas não absorvem a água e ficam encharcadas, causando um desconforto quase que imediato ao bebê.

Outras dicas vocês terão assistindo ao vídeo abaixo. Deixem suas dúvidas, outras dicas e o que quiser nos comentários deste post. Participem!


Aguardem na semana que vem o vídeo "Trocando Fralda"!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Translactando...

No dia seguinte, fomos até à casa da especialista em bebês e amamentação, a francesa Stéphanie Sapin-Lignières. Além de abrir sua residência para consultas individuais, é lá que também funciona o "Prepar", curso ministrado por ela.
 
Com uma bagagem de mais de 30 anos assistindo papais, mamães e bebês, Stéphanie é renomada no Brasil inteiro por desenvolver e praticar técnicas que visam o bem estar do bebê e dos pais desde a gestação ao fim da amamentação.

Durante a gravidez da minha mulher recebemos várias orientações por meio do curso Prepar.

Desde o início deste blog sugiro que pais e mães façam cursos com especialistas. Durante as aulas, além de aprender, vocês poderão tirar todas as dúvidas ou, caso já tenham filhos, fazer uma boa reciclagem. O conhecimento adquirido durante as aulas (muitas delas práticas) dará mais segurança e tranquilidade aos pais.

Foi em uma de suas aulas, que descobrimos o que é a translactação. Porém, nunca imaginamos que um dia fossemos praticá-la.

Translactação é quando o bebê se alimenta por meio de uma sonda ligada a um reservatório com leite artificial. A sonda é colocada paralela ao bico do peito da mãe. Quando ele abocanha o peito, sem perceber, ele também suga a sonda, trazendo o leite artificial até a sua boca. Isso não impede que ele também beba o leite que sairá do peito durante a sucção. 

 Imagem retirada do site Mama Tutti.

A ideia básica da translactação é manter o contato do bebê com o peito. Desta forma, além de estimular a produção do leite por meio da sucção do bebê*, a mãe garantirá a ingestão de leite materno pelo seu filho, nem que seja em pequenas porções.

*Os hormônios responsáveis pela produção do leite materno, Ocitocina e Prolactina, são liberados durante o ato de mamar.

Temerosos com o fato do nosso filho ter começado a tomar leite artificial na mamadeira e, assim,  correr o risco de largar o peito e paralisar a produção do leite materno, ficamos por quase duas horas sob a assistência da Stéphanie, naquela tarde.

Atenciosa e tranquila, com uma bomba elétrica, ela verificou a produção de leite da Juliana. Saíram apenas algumas gotas de leite, comprovando a teoria de que a produção estava pequena demais para atender à necessidade do nosso filho.

A inclusão do suplemento era inevitável, porém, a partir de agora, íamos dar o leite artificial ao Antônio Bento de uma forma não-convencional, utilizando a translactação e muita paciência.

Aquela história de que "o seu leite está fraco" não existe. Todo o leite que sai do peito, mesmo que em poucas quantidades, é muito importante para o bebê. Nele contém substâncias que o leite artificial não tem, além de trazer em sua fórmula anticorpos da mãe.

Lá estávamos nós, tentando fazer de tudo para que o nosso filho recebesse o melhor. Mas o trabalho para aumentar a produção de leite não parou por aí. Além do estímulo da sucção - já resolvido com a translactação -  foi necessário que a minha mulher descansasse, tomasse cápsulas de alfafa, chá da mamãe com diversas ervas, plasil (o medicamento estimula a produção de leite e deve ser receitado por um médico) e ordenhasse com a bomba elétrica os dois peitos após cada mamada (o que também estimula a produção).

Quanto ao pediatra psicopata citado no último post, nós o abandonamos - mas essa nova etapa, eu contarei no próximo post.

Essa experiência nos serviu para entendermos que nem sempre o que o pediatra fala é uma sentença definitiva e que são poucos os profissionais que entendem profundamente sobre o aleitamento materno e todas as suas possibilidades. Pesquisem sobre o tema e alertem suas mulheres sobre as técnicas e práticas existentes antes de decidirem pela retirada do leite materno.


Antônio Bento (ainda magrinho) e Stéphanie

*O uso de medicamentos para estimular a produção de leite deverá ser prescrito por um médico.

Curso Prepar  - www.stephanieprepar.com.br

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Resultado da Enquete Tutorial PAIciência

O resultado da enquete sobre qual vídeo eu deveria começar o Tutorial PAIciência foi:

Com 68% - Banho de Chuveiro

 
Em seguida vieram:

21% - Trocar Fralda
10% - Enrolar o Bebê na Manta

AGUARDEM A ESTREIA DO TUTORIAL PAICIÊNCIA.
Fiquem ligados!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Novidade - Tutorial PAIciência


Atendendo a pedidos, darei início à mais uma seção no PAIciência, o "Tutorial PAIciência". 

Seguindo a linha "passo a passo" (comum dos tutoriais), publicarei aqui no blog vídeos práticos de atividades cotidianas que os pais podem realizar com o bebê.

Para começar, selecionei 3 vídeos para a estreia da seção.

Ao lado, vocês podem votar na enquete e escolher qual vídeo querem assistir primeiro. Os outros serão publicados na sequência de acordo com o resultado da votação.

Fiquem ligados e participem da enquete!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Em busca do pediatra perfeito

Não muito satisfeitos com o último pediatra, decidimos procurar um novo especialista para avaliar o peso do Antônio Bento e examiná-lo. Com uma sala de espera mais vazia, ao lado da nossa casa e coberto por nosso seguro saúde, já estavávamos comemorando, quando:

-Boa tarde doutor.
-Aham. Coloque o bebê na maca, tire a roupa dele e segure-o, por favor.
-Ok.
-Do outro lado querido. Esse aqui é o lado do médico.
-Ah, tem um "lado do médico"?
-Tem, e é esse aqui. Mãe e pai do outro lado da maca por favor.
Ele examinou o Antônio Bento minuciosamente. Cauteloso, pediu exames e nos disse para amamentá-lo no peito, mas de forma diferente a do primeiro médico. Obedecemos exatamente o que nos foi orientado na esperança que ele ganhasse peso.

Com os exames realizados, voltamos ao especialista:

-Doutor, tenho algumas dúvidas.
-Aham.
-Ele tem uma bolinhas vermelh..
-Normal.
-E tem também uma barriguinha meio estufa...
-Normal, meu filho.
-Gostaria também que o senhor visse a unha do dedão que me parece encrava...
-Meu filho, você só vê defeitos no menino! 
-Defeitos? Não é isso doutor, magina, é que a gente fica meio receoso, pais de primeira viage...
-Assim não dá querido!

Depois daquela grosseria toda, o pior ainda estava por vir:

-Olha, sinto muito viu, mas o filho de vocês está passando fome. Ele não engordou. Vamos parar com o peito querida, você não tem leite suficiente, ok? Vamos entrar com um complemento artificial e logo ele largará o peito definitivamente.

Saímos do consultório em silêncio, digerindo tudo aquilo. Nossa ficha caía a todo momento no caminho para casa. Aquele choro excessivo de hora em hora começava a ter explicação. Nós estávamos há um mês achando que nosso filho sofria de cólicas, dando funchicorea, fazendo massagem, compressas, medicando com antigases... quando, na verdade, ELE ESTAVA COM FOME! Irracionalmente, nos sentimos os piores pais do mundo.

Na saída do consultório, algo nos dizia que não voltaríamos mais ali. Se voltasse, seria para mandar o médico à merda. Não queríamos mais obedecer aquele infeliz. Mas, não tínhamos muito o que fazer, precisávamos alimentá-lo com urgência.

Naquela mesma noite, vimos nosso filho mamar feito um etíope na mamadeira. Como num passe de mágica, sua feição se transformou. Calmo, ele dormiu durante horas e, quando acordou, estava mais esperto e interagindo com todos. Cólica? Que cólica?

-Paulo, não quero desistir do peito tão fácil assim. Quero esgotar todas as possibilidades.
-Claro! O que você está pensando em fazer?
-Translactação. Assim ele beberá um pouco do leite materno e um pouco do artificial. Se fracassarmos, teremos a certeza que tentamos o possível. Vamos buscar uma especialista amanhã!

Foi o que fizemos.

domingo, 4 de setembro de 2011

1 mês - meu muito obrigado - à Juliana Mattoni Pimenta

Há dez anos, a vida nos apresentou um ao outro. De melhores amigos, passamos a ser namorados.

 De namorados, passamos a ser marido e mulher. 
Assim como num perfeito romance, vivemos grandes alegrias e tristezas.

Mas a vida ainda reservava grandes planos para nós.
Essa união nos deu um presente único, que ninguém tem igual, chamado Antônio Bento.

Hoje, dia 05 de setembro de 2011, faz um mês que a família "Mattoni Pimenta" recebeu um novo integrante.

Faz um mês que estamos descobrindo o real significado da palavra generosidade e realizando nosso grande sonho.

Faz um mês que estamos amando sem limites e incondicionalmente um pequeno rapaz de 49cm que, mesmo desse tamanho, virou nossas vidas de ponta cabeça.

Nesse últimos 10 meses, você foi muito mais do que eu poderia sonhar para o nosso filho. 

Gerando-o em seu ventre e dedicando-se aos primeiros cuidados do Antônio Bento,  você me ensinou o que é ter força, garra e foco, sem perder o controle, e o que é melhor, sem perder o humor.


Obrigado por me fazer feliz. Obrigado por ser minha mulher. Obrigado por ser a mãe que é para o nosso filho.

Sem você, nada disso seria realidade.

Meu muito obrigado.

Com amor, do seu amor,

Paulo Pimenta

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Amor de pai

No dia que em que vi meu filho pela primeira vez, fui tomado instintivamente por um  particular senso de proteção que nunca havia sentido antes por ninguém. Algo que me fez descer ao berçário da maternidade discretamente apenas para ter a certeza de que ele estava lá, que me acordou durante as primeiras noites para checar se ele estava bem e, mesmo muito cansado, me fez niná-lo de madrugada observando a perfeição do rosto dele.

Há exatamente dez meses que venho provando de sentimentos diversos, sem saber bem como descrevê-los.  Para nós homens, é muito difícil realizar e digerir certas coisas. Costumamos agir no automático, alguns com uma prudência fria, principalmente quando se trata de experiências novas, vivas, com dois olhos, braços, pernas e que te chamarão de pai assim que conseguirem.
 
Como todos sabem, não geramos nossos filhos, dividindo com eles o que comemos e sentimos durante nove meses. Nossa relação acaba por ser criada em fatos concretos, palpáveis, nem por isso menores ou improfundas. O que sentimos é apenas diferente, ao nosso tempo.

Após as duas primeiras e turbulentas semanas, durante minhas reflexões, como num flashback, me perguntei "Por que chorei nas ultras? Por que fiz hidroginástica aos sábados e inúmeros cursos com a minha mulher? Por que viajei até tão longe para comprar produtos de qualidade? Por que perdi meu sono refletindo sobre como prepararia tudo para a chegada do bebê? Por que estourei meus limites de crédito e passei noites em claro tentando planejar o futuro?" e a resposta veio enquanto acariciava a cabeça ainda carequinha do meu filho: "porque sempre te amei".

 Amor incondicional, amor de pai